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Feia - Constance Briscoe

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Oooi, meus queridos! *-*


Eu sei que faz menos de uma semana que eu não dou as caras por aqui, mas já estava com saudades de vocês! Eu estava preocupada em não conseguir um tempinho extra para postar hoje, mas no final aquela correria da mudança deu uma trégua.
Ahh, e hoje foi o meu primeiro dia de aula na escola nova! Eu sobrevivi, graças a Deus! Mas convenhamos que chegar em uma escola onde você não conhece NINGUÉM é meio assustador, né? Ainda mais em uma cidade que você não conhece :(


Mudaando de assunto e deixando o meu drama pessoal de lado e partindo para outro, a resenha de hoje será sobre o livro "Feia", uma autobiografia na qual a protagonista nos transmite as memórias nada felizes de sua infância sofrida ao lado de uma família abusiva.
Por se tratar de uma história real, o livro consegue de fato nos impressionar. Acho que até se fosse uma simples ficção já causaria um grande impacto emocional nos leitores... mas esse efeito se agrava ainda mais por ser algo que realmente aconteceu. Constance Briscoe narra os  maltratos e as agressões sofridas nas mãos de sua própria mãe, as quais deixaram sérias consequências e marcaram profundamente o seu lado psicológico. E não estou falando apenas de agressões físicas. Agressões verbais também eram muito frequentes, e isso fazia com que Constance se sentisse inferior aos demais irmãos.
Embora hoje em dia essa questão não seja muito divulgada na mídia, o maltrato de crianças e adolescentes ainda existe, e é realizado na maioria das vezes pelos próprios familiares. E esse livro é um claro exemplo disso.
Um dos motivos pelo qual Constance era diariamente agredida pela mãe era pelo seu problema de enurese noturna. Mesmo sendo já crescida o suficiente, ela ainda urinava na cama, e essa era uma das principais desculpas para o seu sofrimento. Mas o interessante é que acompanhando toda a história é possível perceber que essa doença era mais psicológica do que física. Constance sofria de incontinência urinária apenas quando tinha a mãe por perto chamando-a de feia e provocando-a continuamente.


O que mais me causou revolta foi o fato de que Constance, no meio de outros seis irmãos, era a única que sofria tais abusos, e praticamente nunca era ajudada. Sinceramente, não entendi o motivo. Enquanto todos os outros eram tratados normalmente, Constance era deixada de lado e, muitas vezes, chegou a ser abandonada à própria sorte. Para vocês terem uma ideia, a mãe de nossa protagonista chegou ao absurdo de mudar de casa com o restante da família, deixando Constance sozinha em sua casa antiga, sem dinheiro e nem comida. E ainda tinha que pagar o aluguel!


Acho que já deu para perceber que se trata de um livro bem pesado, certo? Mas não se preocupem que tudo da certo no final, apesar das dificuldades que ela é obrigada a enfrentar...
Qual será o limite da maldade de uma mãe com sua filha?

Entreguei a minha fotografia, tirada na escola, para minha mãe. Ela olhava da fotografia para mim. De mim para a fotografia. Então disse: “Meu Deus, como ela pode ser tão feia. Feia. Feia.”
Essas palavras cruéis são apenas o começo. A mãe de Constance foi sistematicamente violenta com a própria filha, física e emocionalmente, durante toda a sua infância. Apanhando e sendo privada de comida, Constance estava tão desesperada, que foi sozinha até o Serviço Social e suplicou por proteção. Quando isso não deu certo, tentou dar fim à vida, tomando alvejante, uma vez que era chamada de “germe” por sua mãe. Desenvolveu caroços nos seios, uma situação médica rara para uma criança, por conta dos beliscões nos mamilos e socos desferidos pela mãe. Quando tinha 13 anos, foi abandonada em casa por sua conta e risco: não havia gás, luz ou comida.Entretanto, de alguma maneira, Constance encontrou coragem para sobreviver. Esta é a sua comovente — e essencialmente triunfante e inspiradora — história.Pelo fato de ter relatado as memórias de sua infância em Feia, que já vendeu quase meio milhão de cópias em todo o mundo, Constance foi processada por difamação por Carmen Briscoe-Mitchell, sua mãe. No entanto, o júri foi unânime em reconhecer a veracidade da autobiografia, comprovada pelas cicatrizes, testemunhos e relatos médicos. Durante o julgamento, Constance disse que decidira escrever a sua história como exemplo de superação das adversidades e porque a sua mãe não merecia o seu silêncio.

Uma excelente história de superação que nos faz valorizar a nossa família e pensar em como somos sortudos por ter uma mãe preocupada com o nosso bem-estar e disposta a nos dar tudo de melhor. Um livro que sem dúvida deve ser lido por todos!


Abraços :)


5 Comentários:

Yasmin Cordeiro 1 de fevereiro de 2012 às 16:07  

*Eu sofri o mesmo em 2010 quando também mudei de cidade.. Era tudo diferente da minha antiga realidade, saí de uma cidade grande para uma de praia, mas deu tudo certo*

Esse livro parecer ser realmente muito pesado, e triste, agradeci a deus por minha mãe linda depois de ler essa resenha.. Como uma mãe em sã consciência pode fazer uma coisa dessas com uma criança?? Gente, que absurdo ! Que bom mesmo que ela conseguiu enfrentar todas as dificuldades em sua vida, e agora está mostrando ao mundo essa triste realidade da agressão a crianças !
Beijos,
Yasmin - Living and Learning

Elimar Souza 1 de fevereiro de 2012 às 17:36  

Essa é uma História de superação. De onde essa mulher saiu e onde ela chegou. Li umas entrevistas dela falando de como ela extirpou a mãe de sua vida e de como os irmãos ficaram do lado de sua mãe. Ela conseguiu ser uma pessoa melhor, mesmo diante das adversidades. Tá aí um livro que vale a pena ser lido. Amei a resenha Grape...

Lu Tazinazzo 3 de fevereiro de 2012 às 05:14  

Nossa, eu nunca tinha ouvido falar desse livro, mas sua resenha realmente me impresssionou. É realmente terrível pensar que uma mãe possa agir de tal forma com um filho. Acho que vou adicionar esse título a minha lista de leitura.

Beijão

Lu Tazinazzo
http://aceitaumleite.blogspot.com

Rory 7 de fevereiro de 2012 às 02:02  

Nossa, esse livro me deu arrepios só de ler a resenha. Achei o máximo quando a autora escreveu que a mãe não merecia seu silêncio, essa realidade anda tem que mudar muito, não só no Brasil, pois têm países que nem Estatuto da Criança e do Adolescente existe. Estamos bem longe de uma perfeição, mas já é alguma coisa!!!!

Boa sorte na sua nova vida, nova casa, nova escola, novos amigos. É nesse enredo que muitos luvros começam, então tudo pode acontecer? Quem sabe vc não acha o seu Edward? É sério, boa sorte!!!!

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