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A Vida em Tons de Cinza - Ruta Sepetys

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Boa tarde, gente ^^


Hoje irei fazer a resenha do livro "A Vida em tons de Cinza", um lançamento da Editora Arqueiro que nós recebemos recentemente como cortesia.
Me encantei pela sinopse desse livro desde a primeira vez em que a li. Nos últimos tempos eu tenho me dado conta de que sou apaixonada por livros que tem como base contextos históricos, sejam eles fictícios ou não. Tenho buscado títulos de mais destaque como o Diário de Anne Frank e o Menino do Pijama Listrado (minhas mais novas aquisições, mostrarei para vocês apenas no final do mês).
Esse livro me encantou não só por ser bastante original, mas também porque ele é, acima de tudo, realista. Já no início nós podemos perceber isso pela forma como a autora narra a história. Ela dá ênfase a coisas simples e que geralmente não são levadas muito em conta em uma narrativa. Além disso, a escrita de Ruta Sepetys é bastante filosófica. Sempre nos deparamos com metáforas e comparações como forma de inteirar mais o leitor ao contexto do livro.

A carga emocional desta obra é bem pesada, sob o meu ponto de vista. A história é narrada pela protagonista Lina Vilkas, uma Lituana que é deportada juntamente com a mãe e o irmão mais novo para um campo de trabalho forçado na Sibéria, a mando de Stálin. Lina conta detalhadamente sua jornada desde o dia em que oficiais da NKVD (a polícia comunista secreta) apareceram em sua casa obrigando sua família a fazer as malas (caso desobedecessem seriam mortos) e aprontarem-se para a viagem de última hora, rumo ao futuro desconhecido nas mãos dos soviéticos. Milhares de famílias como a de Lina foram submetidas ao mesmo destino terrível, o qual as fez enfrentar semanas em uma viagem com longos períodos de fome, desidratação, doenças e outras inúmeras precariedades. E nenhum foco de oposição poderia se manifestar, caso contrário seria rapidamente eliminado.

Embora as personagens sejam fictícias, isso realmente aconteceu. Houve uma época em que a União Soviética anexou ao seu território os países bálticos (dentre eles a Lituânia) e Stálin passou a prender ou deportar os opositores ao comunismo que viviam nestes pequenos países. É uma história pouco conhecida, nem chega a ser ensinada nas escolas. Isso porque as vítimas do líder comunista eram proibidas de revelarem a situação pela qual estavam passando, e a verdade ficou sempre escondida, assim como todo o sofrimento pelos quais essas pessoas passaram.

A linguagem usada é de fácil entendimento, e o ritmo da leitura é bem rápido devido à pequena extensão dos capítulos (3 páginas em média cada um). O enredo  interessantíssimo contribui bastante para que a leitura flua facilmente, mas se você procura por uma história bonita e romântica, recomendo buscar outro livro.

Esse foi um dos livros mais bem escritos que já li, e entraria para minha lista dos favoritos caso a história não fosse assim tão terrível e dramática. Por ser o primeiro romance da autora, acredito que ela ainda vá escrever outras obras de grande destaque, a julgar pelo seu grande talento na arte da escrita. Para os amantes de história ou para aqueles que apenas se interessam por este tipo de livro, esta é uma leitura mais que obrigatória.

1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada. Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria. Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe. No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos. A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias.
Caso vocês mostrem interesse por esta resenha, tentarei sortear este livro aqui no blog. Mas para que isso seja possível, peço que não deixem de comentar na postagem :)


Espero que tenham gostado da dica. Até a próxima!

8 Comentários:

Lu Tazinazzo 6 de setembro de 2011 às 12:49  

Adorei sua resenha, o livro é realmente ótimo. Ainda fico relembrando a história e, assim que terminei de ler, à 1 da manhã, ainda deixei o sono de lado e fiquei na internet pesquisando sobre esse período da história!

Beijos
aceitaumleite.blogspot.com

Entre Fatos & Livros 6 de setembro de 2011 às 13:22  

Oi!

Eu gosto mto do gênero e da proposta do livro. Gosto de assuntos assim. Com certeza eu leria, mas sendo um livro com mto carga emocional, eu precisaria de um bom YA para relaxar depois! rsrs

BjoO
Pri
Entre Fatos e Livros

Amanda Cristina 6 de setembro de 2011 às 14:26  

Gosto de livros assim também... Não sabia que o livro tratava sobre isso e confesso que despertou uma vontade louca de lê-lo agora mesmo! rs'
Vou terminar de ler meu chick-lit e me aventurar no clássico: A menina que roubava livros... rs'
Amei a resenha, muito legal a maneira diferenciada que você usa para escrevê-la! Amei <3
Tomara que tenha sorteio, serei a primeira participante! rs'
Seguindo aqui! :3

Beijinhos, :*
www.primeiro-livro.com

Livy 6 de setembro de 2011 às 17:58  

Eu gosto de livros assim, que tratem de assuntos tocantes e delicados, além de que parece realmente ser bem forte.

Eu estou louca para ler

Beijos
Livy
nomundodoslivros.com

Angela Graziela 6 de setembro de 2011 às 21:27  

Eu tambem gosto de livros com contexto historico
Mas infelizmente nao ando lendo nada do genero
E eu não conheço bem essa parte da hostoria
E acho que esse livro me ajudaria a entender mais
Beijos

Ana Ferreira 7 de setembro de 2011 às 12:28  

Olá, Grape! Como vai?
Gostei da sua resenha e dos fatos que destacou, concordo com tudo, achei o livro excelente!
A trama é realmente triste e poderia ter acontecido com qualquer família dos Expurgos que foram levadas à Sibéria. Sou apaixonada por História e li muito sobre Revolução Russa, Stálin e União Soviética após "A Vida em Tons de Cinza".
Que fantástica a história de Lina, quanta determinação, quanto amor...
Recomendo demais!

Beijinhos,
Ana - Na Parede do Quarto

Unknown 9 de setembro de 2011 às 18:13  

Super quero ler o livro. A história pelo visto é daquelas arrebatadoras, que marcam e nos deixam emocionados... Parece. Adoro esse estilo, apesar de não ler com frequência pq acho que me desgasta muito.

Bjs,
Kel
www.itcultura.com

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